Eleitos com um propósito.

Deus nos salvou em Cristo com propósito muito importante, o de servi-lo com amor, na forma de gratidão servindo e amando os nossos semelhantes. E esse pensamento é fundamental para gerar em nós um coração disposto e voluntario na obra missionária, pois é o que nos torna disponíveis, leves e fáceis de sermos levados pelo vento do Espírito Santo de Deus.

Deus enviou o seu Espírito para testemunhar de Jesus em nós, pois somos tão somente instrumentos inspirados nas mãos do Mestre, e entendemos assim, que o fato do Espírito Santo de Deus habitar em nós, nos leva também a testemunharmos e sermos testemunhas de Cristo e de sua obra salvadora. A missão de Deus em busca do homem se realiza em nós e com a nossa cooperação Ele age e se move em direção ao nosso próximo, como observa o René Padilla, “a missão cristã deve se orientar para a restauração de toda a pessoa e de todas as pessoas”.  Dessa forma o ser humano é chamado a mergulhar integralmente na missão de Deus, ser transformado e transformar o mundo ao seu redor pelo poder do Espírito que opera em nós.

Tudo isso nos leva a pensarmos, que a missão de Deus faz de nós alcançados pela Graça a sermos também co-participantes dessa missão, da forma mais natural somos impelidos a amarmos e servimos os nossos semelhantes e toda a obra criada por Deus, pois o Espírito Santo gera em nós o seu fruto. Buscamos junto de nossos irmãos trabalharmos cooperativamente nessa dinâmica da missão de Deus, prosseguindo com ardor e fervor na conclusão da vontade daquele que nos chamou para essa obra, desfazendo todo embaço e pedra de tropeço que insistimos com nossas doutrinas humanas, que nos tornam mais partidaristas e individualistas do que corpo de Cristo.

 Retornemos aos princípios básicos do amor altruístas (Jo 13-35), do perdão mutuo (Mt18: 21e22) e sobre seguir a paz com todos (Rm 12: 14), como disse Zabatiero em seu texto: Os Desafios do Pacto de Lauzanne para a Igreja de Hoje “a cooperação cristã não é uma questão de estratégia, mas de espiritualidade”, estamos nos esquecendo de algo muito importante, que somos irmãos, partilhamos a mesma fé, o mesmo batismo e fomos alcançados pela mesma Graça e estamos incumbidos de uma mesma missão.  

Tema: A vida cristã urbana - desafios e facilidades.


A emergência de “sermos” no lugar de “termos” 


Tenho visto nos nossos dias certa carência com relação à necessidade do conhecimento sadio da palavra de Deus, talvez uma base doutrinaria que ressalva as importâncias de sermos cristãos piedosos possa contribuir para uma metanóia saudável. É grande o desafio de sermos cristãos, na avalanche da vida urbana que traz consigo uma cultura acelerada e cheia de informações, as quais, a maioria delas é persuasivas e contrárias a vida de piedade, e ela vêm cheia da desintegração da moral coletiva e valores individuais, produzindo uma vasta intolerância ao pensamento contrario a ela. Somos arrastados quase que inconscientes a vivermos muitas ideologias ministradas pelas massas, somos manipulados em nossas escolhas pessoais, vivendo para produzir e ganhando para ter, e esse “ter” é mais uma necessidade de afirmar e expor o pensamento anunciado pela mídia massificada, que “ter é melhor que ser” do que esse “ter” vir com propriedades morais de integridade, honestidade e humildade. As pessoas urbanas se tornaram máquinas de trabalho e está cada vez mais isoladas e expostas a doenças da alma, o individualismo vem nutrindo sentimentos contrários ao altruísmo, dificultando a percepção da realidade e a necessidade em que o mundo se encontra. Não há mais na maioria de nossas igrejas a enfatização na Pessoa e na obra de Jesus, se não só nas benesses que o Pai concede e ainda assim colocam uma lista de regras que nem mesmo eles cumprem para obte-las, forjando assim pessoas que barganham com Deus ou reivindicam algum direito pelo fato de ter cumprido com algum mandamento ou doutrina da denominação, essas e outras contradições com a verdade vem inundando a mente da maioria dos cristão e os afastando do que é propriamente correto e transparente. Apesar de ser grande o desafio de mudarmos o pensamento cristão invadido por falsas doutrinas e ideologias arrebatadoras, vemos que também a vida urbana contribui para a facilidade de expormos e pregarmos um evangelho coerente. Com a tecnologia desenvolvida no intuito de contribuir para aproximação das pessoas e das informações, vamos nos apropriando dessa ferramenta para obedecermos o ide de Cristo e anunciar as boas novas, não que ela seja o único meio de realizarmos essa obra, mais se tornou um desembaraçador na luta de acabarmos com as contradições e sofisma das mentes perdidas no emaranhado de anúncios errados, que induzem e reprime não só muitos cristãos mais também todo o mundo a trilhar um caminho de devastação dos princípios que regem a harmonia e a coesão da vida em comunidade. Realmente temos que ser pessoas melhores com princípios claros e verdadeiros e iluminar as mentes e os corações da humanidade, esclarecendo questões de âmbito coletivo e individual para ao menos sermos entendidos, e se assim for a vontade de Deus para alguns, possamos ser referencial, exemplo a ser seguido, minimizando as mazelas, as intolerâncias e formando pessoas mais justas que preferem “ser” ao invés de “ter”.

Predestinação X Livre arbítrio

João Alexandre